quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Ah o pai.



De volta em casa e a correria começa novamente. 
Confesso que as coisas na minha vida não estão nada boas, mas eu sei que vou vencer, que tudo irá dar certo e que se está ruim assim, é porque lá na frente algo de muito bom vai acontecer (eu espero). Já estou morrendo de saudades do meu pai e de todo mundo que ficou por lá, posso dizer que foram as melhores férias, passei por cada uma. 
Era lá pelo dia 8, quando tivemos que ir a minha cidade quase natal, lá onde judas perdeu as botas, ô lugarzinho triste. Fui à Planaltina de GO, ou melhor dizendo, Brasilinha. Para chegar até a civilização daquele lugar, quase que tivemos que colocar o carro sobre a cabeça para ultrapassar os buracos na estrada, e confesso que até senti que uma parte do escapador do carro ficou para trás, porém isso não vem ao caso. Chegando ao fórum da city, olho para o lado e vejo uma mulher mais velha, típica moradora de lá e ao seu lado uma garota de seus 14,15 anos e ambas com bebezinhos de colo. A Mariazinha de 15 anos foi registrar o menininho dela, e o diálogo que se fez presente foi um tanto cômico e desagradável. 
- Qual é o nome da criança?
- Pedro José
- Qual o nome do pai? 
- Maicon...
- E o sobrenome? 
- Num sei! Só sei que é Maicon, foi o que os amigos deles dizeram para mim. 
Espantada, a funcionária arregala os olhos, olha para nós que estavamos mais assustados do que ela e continua com o interrogatório da menina. 
- Mas você tem o endereço dele? 
- Não tenho não, conheci ele no forró e só vi ele uma vez na vida. 

Eita cabra danado esse Maicon. Provavelmente a criança acabou de ficar sem um pai, eu sem saber o que fazer, me senti culpada por sentir uma vontade quase desesperada de rir, mas logo fiquei quietinha na minha e agilizaram os papeis que fomos buscar lá. Parando para refletir depois, cheguei a um grande alívio. Graças a Deus que vim embora para Curitiba. Querendo ou não, a cidade grande ainda é uma forma de fugir do marasmo e da vida difícil das cidades menores. Hoje posso levantar as mãos para cima, curtir minhas bandas de rock e respirar aliviada. Tenho onde morar, tenho oportunidade de estudo, instrução na minha frente e a sorte de nunca me envolver com algum Maicon da vida. E falando no sujeito, todos os Maicon de Brasilinha, se você conheceu uma menina ano passado em um forró e deixou a coitada desamparada, vira homem e vai atrás da mulher garotão, esse irá ser seu passaporte direto para o céu (ou não). 
Oportunidade é tudo! Agarre a sua e corra atrás de seus sonhos sem se deixar abater. E lembre-se, sempre existe uma pessoa que está em uma situação pior que a sua.  

3 comentários:

  1. Verdade verdadorum...
    Sempre há alguém pior que nós....

    Bjs

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  2. Mazinha!
    Eu penso assim também, quando as coisas não vão bem o melhor a fazer e relaxar, as coisas boas aparecem quando menos esperamos.

    Caraaio, q tensa essa história da guria registrando o filho, ainda bem que tu conseguiu se segurar pra não rir,..
    Forró é do mal mesmo
    Só espero que o Maicon crie vergonha na cara e vá atrás da guria.

    É como vc disse "Sempre existe uma pessoa que está em uma situação pior que a sua"
    O pessoal que gosta de ficar sentado reclamando da vida devia refletir sobre isso.


    Ah, te adicionei no orkut!
    Bjss

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  3. Obrigada pelos comentários. Agente acaba vivenciando situações que nos fazem dar valor a vida que temos. E ainda bem que sou ótima em disfarçar o que eu sinto porque se não estava no sal rsrsrs. Ahh e Jonathan, tá aceito no orkut já. Bjão

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