terça-feira, 18 de maio de 2010

DIH





Direito Internacional Humanitário.
Como prometido, vim aqui relatar sobre meus 3 dias de sacrifício e alegria. Não posso apenas falar que ir ao exercito seja algo renovador, mas enfim, mesmo sendo no meio do mato o local, o mini curso teve um sucesso total.

Começamos com uma palestra as 19:00 de quarta feira que não me lembro a data agora. Confesso que quase dormi, e que não foi de grande relevância. (Mas para todos os efeitos, foi muito proveitoso).






Nossas atividades tiveram inicio no outro dia as 8 da manha, e eu como adoro ser pontual, estava lá as 7:15, com uma cara de sono, não me aguentando em pé. Falamos sobre as raízes do DIH, do próprio Direito Internacional, deportação e extradição. Falamos sobre os tratados e convenções, que tem o poder de guiar as ações do DI.
Aprendemos um pouco sobre o histórico (com todas as guerras), os conflitos armados e principalmente sobre a Cruz Vermelha.

Sai de lá no primeiro dia, com uma visão totalmente diferente sobre o que realmente acontece nos campos de batalha. Peguei uma carona com um colega e fui direto pra faculdade. Assisti aula de IED e Direito Civil. Dormi as 1 da manha de sexta.

Acordei as 7 horas, atrasada e as 8 já estava lá novamente. Mais do que empolgada, aguardei ansiosa pelos temas que seriam apresentados para nós. E o tão sonhado tema veio : Crimes de guerra.
Me deparei com um monte de regras que deveriam ser seguidas durante uma guerra. Crimes de guerra são aqueles: 

  • Escudo humano

  • saque

  • tomada de reféns

  • ataque contra bens cíveis

  • destruição ou apropriação de bens protegidos

  • matar civil

  • denegação de quartel

  • Perfídia

  • e outros que estão previstos nas convenções de Genebra de 1949.
Confesso que os crimes de perfídia me chamaram mais atenção. Para quem não sabe, perfídia é o fato de matar, ferir ou capturar um adversário por meio de atos que, apelando para sua boa fé, com a intenção de traí-lo.
Ex: simular estar ferido para atrair o inimigo e logo dá um teleket nele. \o/ Utilizar uniforme da ONU, de Estados Neutros ou de outros Estados que não estão no conflito.

Enfim, regras na guerra, algo novo para mim.
No final do dia, fizemos grupos para resolver problemas e me colocaram como Major, (nem me achei), com amigo milico e um judeu e outros que esqueci o que eram. Conversamos, rimos, e entendemos todos os problemas. Tudo bem que matamos civis e destruimos coisas necessárias, por puro prazer mesmo, é difícil segurar os milicos viciados por fuzil. Ainda bem que estávamos só na teoria.

E por fim, eu informo a vocês, que não adianta conversar com uma pessoa que nunca esteve em uma guerra. Não adianta tirar duvidas com engomadinhos que ficaram anos estudando nos livros e nunca nem se quer dormiu em uma barraca. O certo é perguntar para os caras certos, o exercito brasileiro é cheio de preciosidades. Intelectuais e rostinhos bonitos *0* melhor experiência eu não vou ter. Adorei mesmo. E percebi que sem os Advogados, os militares não são nada.

Espero que outras pessoas tenham a mesma oportunidade que eu tive. E que pensem melhor quando o assunto for guerra. Nela nem tudo é permitido.



Oia a pequenininha na ponta da mulherada \o/

Para terminar o meu dia, cheguei na aula e tive uma boa discussão com um professor folgado, mas isso é tema pra outro post.

obs: Tenho todo o material do curso, se alguém morar aqui pertinho de mim, e tiver interesse de conhecer o trabalho, dá um toque que eu empresto numa boa.

bjos


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