domingo, 21 de março de 2010

Mãe: me compra uma pedra?

Seria bem mais fácil conviver com seres inanimados. É aquela coisa de saber lhe dar com as diferenças, que as vezes cansa.

É tão triste, se deparar com a realidade e não saber o que fazer. É um fluxo de energia gasto em vão.

Fico possessa quando me aparecem sentimentalistas ao extremo, eu nunca sei o que fazer com eles. “porque você ta chorando guria?” “não sei”, enfim, me estressam.

Realmente, sou um ser anormal. Não vou a igreja, não gosto de datas comemorativas (salvo os feriados), Não me contento com pouco. Tenho repulsão por uma vida normal, ser humano normal, vivendo de aparências. Adoro política, amo falar e me expressar e se for pra quebrar o pau e impor minha opinião, eu estou logo ali.

E ao longo dessa minha mísera e ainda curta vida, eu passei a analisar o ser humano.

Egoísta, possessivo, amargurado, individualista e mais um monte de blá blá blá. São só apenas humanos! E o mais natural, é que semelhante estranhe semelhante. Sim, não gosto dos meus semelhantes e me sinto ameaçada perante eles. Quero ser um ser hiperbóreo, por isso sou contra egoístas, amargurados e ranzinzas de plantão. Me olhar no espelho, não, melhor não. Então eu viro e peço, suplico, mãe: me compra uma pedra?

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