quinta-feira, 20 de maio de 2010

Caixinha de surpresas.

Costumava dizer que cada um faz sua própria história, que você é quem escolhe o que vai ser daqui em diante. Você com suas inseguranças, batalhas, anseios... Cada um sabe o que faz. Porém é difícil para mim afirmar a mesma questão que antes afirmava, nos dias de hoje.
Há anos atrás, minha vida era totalmente diferente. Era a menina rebelde que dava trabalho para os pais, aquela de nariz empinado, que caia a língua dar bom dia para pessoas desconhecidas. O egocentrimos e o egoísmo reinava e por mais que eu tentasse ser uma pessoa amigável, nunca conseguia. Naquela época, eu não pensava muito no que fazer da minha vida no futuro, tomava iniciativas por puro instinto e ainda tinha a cara de pau de reclamar que a vida era injusta.
Agora eu vejo como a vida nos prega peças. Aquela menina rebelde, hoje pensa mais com a cabeça antes de agir. Tento dar todo o amor do mundo a minha mãe e minhas irmãs, medo de um dia perder, não sei ao certo o que me fez mudar.
Ainda sou egocêntrica e egoísta. Características tão fortes e presentes dentro de nós é difícil de simplesmente acabar, mas hoje já sei contornar as minhas crises de existencialismo, e sei que o mundo não gira em torno de mim. Passei a gostar de me sentir útil a outras pessoas, dou "bom dia", "boa tarde" e até arrisco um "como vai" quando encontro pessoas desconhecidas. Aprendi que todos nós temos um destino, e por mais que o caminho seja penoso e complicado, é o seu destino! O meu ainda não sei a onde vai dar. Quem sabe serei uma ótima Criminalista, ou uma Escritora, ou uma Técnica em Biotecnologia. Vai que eu me encaminhe para o ramo das artes, ou acabe em uma firma qualquer ganhando um salário mínimo e quem sabe eu nem acorde amanha. É difícil dizer e mais difícil ainda é adivinhar o futuro. Ai bate um medo... medo de perde tudo, de ser um ninguém.

Os dias estão sendo difíceis longe das minhas melhores amigas, mas posso dizer que está sendo um aprendizado gigantesco ficar fora da barra da saia da mamãe. Mesmo que doa, que a saudade chegue, se aconteceu é porque foi necessário. E tem outra, final de semana eu mato a saudade.
Para piorar, semana de provas chegando e o desespero batendo. Tendo que tirar 9 com um professor, e ter que contornar uma discussão com outro babaca (espero que ele não me marque), 3 trabalhos gigantescos na minha mão, a semana inteira dentro de um laboratório, morrendo de medo de levar bomba em microbiologia e mais relatórios e trabalhos pra entregar. Melldells, até dormir está quase impossível. Preciso ir para a praia, dormi em minha cama, abraçada com meu bebê e acordar com o bafinho de onça dela. Tomar café da manha com as pessoas mais importantes da minha vida e de tardezinha, sair para olhar o mar.

Para no começo da semana, começar tudo novamente...



Mamá tá com saudades. Amo muito vocês.

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