domingo, 1 de agosto de 2010

Minha colega Rio Grande

Hoje foi um dia um tanto estranho e triste, venho aqui contar o seguinte fato. Hoje nos despedimos de uma colega nossa que por forças maiores teve que pedir transferência. E eu deixei meio a desejar, pois a mais de um mês eu prometi falar sobre o amor dela por Johnny Deep. É, ela é meio (totalmente) fanática pelo cara, é tanto que até mesmo as falas dele, música dos filmes e as caras e bocas que o galã faz, ela sabe. Creio que ela só terá um casamento feliz, se o cara for o sósia do Johnny ou for o próprio, bem, deixa ela sonhar né. Como eu dizia, a guria é uma figura, além do amor platônico pelo ator, ela simplesmente tem uma adoração pelo Che Guevara, até chegar ao ponto de sequestrar a minha boina pra tirar fotos fazendo poses parecidas com o do nosso revolucionário ela fez, e confesso que fiquei com uma dorzinha de pegar a boina de volta, mas a vida é assim, do mesmo modo que ela tem os amores dela, eu tenho os meus, e as boinas são minha vida.
Bem, Rafa muiée, quero que você saiba que sentiremos muito a sua falta. Que sem você aqui a casa irá ter mais juízo, mais organização e mais silêncio. Droga, odeio a monôtomia. Volta logo poxa, a cozinha sem você de noite não tem graça.
Antes de encerrar este post, quero contar como essa guria tem uma sorte, sorte que dá até medo. Reunimos para a despedida dela e ela nos chamou para ir com ela até a rodoviária, ai eu atoa né, fui com uma outra amiga nossa. Ai o taxista super novinho e experiente (lazarento) pegou o transito e como aqui está chovendo, a pista molhada e o infeliz não resolve bater o carro. Melldells, acho que é muita macumba pra uma pessoa só, sério mesmo. Ficamos lá, uma olhando pra cara da outra com os olhos esbugalhados, eu que estava sem cinto de segurança logo coloquei. Ainda bem que não foi nada sério, o taxista troco de telefone com o boy que estava dirigindo o carro da frente e seguimos viagem. Passamos mais perrengues, porque o garotão quando era pra acelerar, reduzia, e quando era pra reduzir ele acelerava. Estavamos com o coração na guela e o c* na mão. Chegamos inteiras na rodoviária, depois de quase 30 minutos de agonia. Mas ai é que veio a parte pior, a parte da história em que eu entro.
Descemos do táxi e fomos pegar as malas da bonitona. 4 malas, uma de rodinhas que ela logo pegou, duas de braço e um saco vermelho gigante, parecido com o do papai noel. Adivinhem o que sobrou pra mim? Eu com meu super estilo mulambenta,  tive que bancar uma de papai noel com a rodoviária cheia de gente, melldells quase morri de vergonha, e a infeliz da guria ainda tiro mô sarro da minha cara. Deeeixa dona Rafa, ainda irei tirar sarro de você. Depois de tentar adivinhar onde o busão dela parava (super organizada), conseguimos colocar as malas no bagageiro. Ai cadê a guia? Resolveu ir comprar água, 2 minutos antes do busão partir. Tá, deu tempo dela se despedir, uma vontade de chorar, mas sou durona e me aguentei firme, já a Mari não aguentou e chorou um monte. Confesso que odeio despedidas, e mesmo sabendo que a futura mulher do Johnny irá vim nos visitar sempre que puder, fica um vazio lá dentro.  Espero que onde você for morar agora, more junto com você uma pessoa organizada, ajuizada e gente boa, porque você merece. Adoro você, e você é inesquecível. Porque só você tem o sotaque de gaúucho e bah, toda vez que eu descer  a rua e me sujar de barro irei lembrar de ti.
(L

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