terça-feira, 7 de setembro de 2010

Criando situações

Aconteceu no sábado passado, mas como sou péssima de lembrar casos, acabei deixando passar, porém hoje vim aqui contar.
Combinei de ir buscar a preguiça do Harry na casa dele e de lá resolveríamos o que   fazer durante o dia. Chegando lá havia um outro amigo nosso, comemos sorvete até encher, fiquei com uma cara de tédio escutando eles falarem sobre jogos e mais jogos. Ai de tanto insisti consegui tirar eles de lá e fomos ao shopping, dar uma volta e conversar mesmo, nada de compras porque isso no meu vocabulário não existe mais. Andamos e andamos, nada de busão, o dia estava lindo, quente e havia muita gente na rua. Lá dentro do shopping por sorte não encontrei nenhum conhecido e a cada emo que passava, ele me cutucava e agente fingia que não conhecia, ou que não tinha visto mesmo. O Dih foi embora porque precisava trabalhar, ai ficamos enrolando que nem uns bestas a espera de um milagre, o da preguiça passar e voltar pra casa. Como o Harry é um homem decidido e educado, resolveu me deixar em casa (casa da tia) porque estava tarde e eu sei que lá no fundo ele adora ficar falando abobrinhas com minha tia.
Ai é quem começa a verdadeira estória! Interfonei e meu tio atendeu. Meu tio é uma espécie de homem super inteligente, mas nunca se sabe quando ele está de bom humor, sem contar com o fato dele ser super tradicional. Voltando ao interfone, ele me atendeu e eu logo perguntei se minha tia estava em casa já, ele disse que não e abriu o portão. Jogou a chave do resto dos portões do prédio pela janela e quando bateu o olho no Harry, já fechou a cara, só pude escutar um - Vai subir agora?- e eu respondi - Não, melhor não, daqui a pouco eu vou-. Depois disso eu já imaginei a cara dele, resolvi nem subir com o garoto pra evitar comentários desagradáveis. Ficamos no portão conversando e combinamos de ir ao matsuri no final de semana que vem, dei uns conselhos amorosos pra ele e nesse meio tempo minha tia aparece na janela e manda agente subir, provavelmente o maridão não estava mais lá. Subimos e comemos, papo vai e papo vem, meu tio chega. Agora imaginem a cena "Eu sentada ao lado do Harry, com o seu braço sobre meu pescoço e o outro me abraçando. Minha tia na cozinha atrás da porta rindo da situação, meu tio com uma cara de espanto, o garoto com a cara mais safada e lavada do mundo e eu tirando sua mão de cima de mim e rindo sem graça." É eu fiquei com vergonha, cada uma viu!  Quebrando o gelo da situação, reuniu todos na sala e até meu primo que nunca comprimentou ninguém, foi lá falar com o garoto, meio que mostrando quem é o macho da casa. Houve algumas implicâncias com o Harry, mas acho que ele nem percebeu, é tão cara de pau que nem liga. Inventei uma desculpa de que ele teria que ir embora e isso já se passava das 9 da noite. O acompanhei até o portão e o assunto se encerrou.

O pior de tudo foi ficar escutando da minha tia que meu namoradinho é devagar, que é sarrista e que curtiu a situação. Mais pior ainda foi meu tio perguntando para ela o que o piá era meu. Namorado, ficante, peguete. Nem respondo mais, ele é somente meu AMIGO! E antes que venham as piadinhas, nem temos uma amizade colorida, só palhaçadas para alegrar o momento. Mas deixe que eles pensem né, aliás, pensamento nunca casou ninguém, ou já? Enfim, tento não pensar muito nisso, e Harry, só você para me entupir de sorvete, falar abobrinhas, andar quilometros comigo, falar da roupa alheia e ainda ser lerdo ao ponto deu quase pegar as menininhas por você. Espero que eu não precise fazer isso, seria algo totalmente fora do meu padrão e constrangedor. Adoro você brother e ainda vou te beliscar por criar esse tipo de situação.



Passeios com você são inesquecíveis, lembra desse né? hehehe, bobão!

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